domingo, 24 de abril de 2016

25 de Abril

Porque o 25 de Abril tem mais de poesia do que prosa, deixo o meu "post" comemorativo em formato diferente:

Os cravos que vestem o vermelho

Do sangue por derramar
Cantam canções de liberdade
E dançam o fim de censurar
Poemas escritos por canhões não disparados
Inspiradores de democrata beldade
Musa virgem de méritos não conspurcados
Ao ditador fez de velho.

De piedade esquecida se perdoam os velhos
Que apesar de tortura e matança
Se esfumam no tempo de novos vilões
Que na liberdade castram a esperança
Do sonho por realizar
A ditadura agora é a dos tostões e dos milhões
E o sofrimento por não ter o que trabalhar
Comemoremos ao menos os cravos ainda vermelhos.

Lembrança e memória do sangue vermelho
Daqueles que em nome da pátria morreram
Torturados, deportados, censurados…para sempre silenciados!
E mesmo com a desilusão e frustração que da revolução nasceram
Não tomemos vilões por heróis
E não esqueçamos nos tempos passados
Os que por pensarem e falarem não viam sóis
Tributemos pois os que por liberdade não chegaram a velho! 

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